Brasília (AE) – Governo e oposição vão se confrontar amanhã (28), na CPI dos Bingos, na votação de uma série de convocações. Os dois lados só devem se entender na rejeição ou no adiamento da votação do requerimento do senador Geraldo Mesquita (Psol-AC) que convoca para depor o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Os líderes do PFL e do PSDB, senadores José Agripino (RN) e Arthur Virgílio (AM), defendem que o momento político e econômico não é propício para ouvir o ministro. O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) disse que rejeitará o requerimento.
Fora disso, não deve haver acordo nem mesmo com relação ao requerimento, também de Mesquita, convocando para depor o irmão do ministro, Adhemar Palocci, diretor da Eletronorte. O senador quer ouvi-lo sobre a denúncia de que teria atuado para favorecer o caixa 2 do PT, quando exercia o cargo de secretário de Finanças de Goiânia. Estão ainda na pauta requerimentos de José Agripino e de Geraldo Mesquita, propondo a acareação do chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, com João Francisco e Bruno Daniel, irmãos do prefeito de Santo André, Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2003.
Já os governistas vão tentar aprovar a convocação e a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico dos principais envolvidos no chamado "escândalo do apito", o juiz Edílson Carvalho e o empresário Nagib Fayad. A oposição não concorda porque vê a iniciativa como uma forma de desviar as investigações para denúncias que não atingem o governo ou o PT.
