O governo dos Estados Unidos ignorou solenemente uma proposta feita pela Suíça de realizar uma conferência de paz entre norte-americanos e iraquianos para tentar evitar uma guerra.
Nesta semana, enquanto os países europeus se dividem entre os que apóiam os Estados Unidos em um ataque contra o Iraque e aqueles que se mostram contrários à guerra, a Suíça tomou a iniciativa de tentar mediar a crise.
Em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial, a ministra de Relações Exteriores da Suíça, Micheline Calm-Rey, anunciou alguns pontos da proposta enviada ao secretário de Estado norte-americano, Colin Powell.
Nos últimos dias, Washington deu um sinal claro aos suíços para que desistam da idéia de reunir norte-americanos e autoridades de Bagdá.
A resposta dada pela Casa Branca gerou um profundo pessimismo entre os suíços sobre a possibilidade de se evitar um conflito. Mais do que depressa, a Suíça declarou-se neutra em uma eventual guerra no Iraque, seguindo uma de suas tradições mais conhecidas no mundo.
Mesmo fazendo parte da ONU desde o ano passado, os suíços se recusam a apoiar um ataque.
Berna garante que não concorda com as práticas do regime de Saddam Hussein, mas acredita que, em uma guerra, quem sofreria mais seria a sociedade civil iraquiana.