No início desta semana o governador Roberto Requião reuniu-se com Ricardo Audi, empresário da indústria Raudi, em São Carlos do Ivaí, noroeste do Paraná, para avaliar o projeto de pesquisa desenvolvido a partir do bagaço da palha da cana-de-açúcar, na produção do biodiesel pela empresa.
Na reunião, Requião solicitou aos especialistas da empresa, estudos técnicos e de viabilidade econômica para uma possível participação do governo no projeto de produção do combustível. Segundo o governador, qualquer idéia de produção de energia alternativa, não-poluente, que utilize bagaço e palha da cana-de-açúcar – material abundante para os usineiros do Noroeste – é de interesse do governo.
Audi informou que a cada cinco quilos de matéria seca de cana-de-açúcar é possível produzir um litro de biocombustível. De acordo com o empresário, o Paraná tem potencial para se tornar líder do setor no país. Só na região noroeste, existem cerca de 30 usinas que processam 90 milhões de toneladas do produto anualmente, e parte da matéria necessária para a fabricação do biodiesel é simplesmente queimada ou dispensada pelos usineiros.
O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e a Copel, que também participaram do encontro, irão trabalhar em parceria com a Raudi para estudar os meios adotados pela empresa para transformar o gás obtido na queima da cana-de-açúcar em combustível.
A Raudi pesquisa há 15 anos a produção do combustível que ao todo já custou US$ 8 milhões, informou o empresário, que almeja o apoio do governo do estado para produzir, inicialmente, 100 milhões de litros/ano do biocombustível.
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