A Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde e Pesquisa, está descentralizando os laboratórios de análise da água em todo o Estado, com a instalação de laboratórios regionais. A descentralização faz parte da reestruturação do Programa de Vigilância da Qualidade da Água de Consumo Humano. A meta é que todas as 22 Regionais de Saúde tenham seu próprio laboratório, evitando que as amostras sejam enviadas para o Laboratório Central do Paraná (Lacen) em Curitiba.
O diretor de Vigilância em Saúde e Pesquisa, Luiz Armando Erthal, revelou que a descentralização tornará o processo mais ágil, possibilitando a capacitação de mão-de-obra especializada ao contratar técnicos locais. ?O acesso da população aos laudos também será facilitado?, afirmou.
Atualmente, as Regionais de Saúde de Foz do Iguaçu, Cianorte, Campo Mourão, Ivaiporã e Apucarana já possuem laboratório em funcionamento. Estão sendo instalados os laboratórios de Pato Branco, Jacarezinho, Paranavaí, Cornélio Procópio e Toledo. A Secretaria da Saúde utiliza ainda, mediante convênio, os laboratórios das Universidades Estaduais de Ponta Grossa (UEPG), Guarapuava (Unicentro), Cascavel (Unioeste), Maringá (UEM) e Londrina (UEL).
A meta é que esses laboratórios (Lacen, rede descentralizada e conveniados) realizem pelo menos 1.700 análises mensais, podendo chegar a 3.070 análises. Os laboratórios de Foz do Iguaçu e Cianorte já estão cumprindo as metas mínimas, sendo que o primeiro está realizando cerca de 54 análises mensais e o segundo 32 análises. Além disso, o laboratório da UEPG está superando a meta de 202 análises, chegando a 266 análises realizadas no mês de maio.
Análise
A Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde analisa a água de todas as formas de abastecimento: sistema público, municipal e soluções alternativas (poços e fontes). Segundo Erthal, o principal objetivo do trabalho é prevenir doenças. ?A falta de cuidado pode transformar a água em um grande veículo transmissor de doenças?, explica.
O monitoramento é feito através da análise microbiológica, na qual se verifica a presença ou não de bactérias que podem causar doenças e da análise físico-química, onde é analisada a turbidez (limpidez da água), o flúor e o controle da dosagem do cloro. Erthal ressalta ainda que o responsável pelo abastecimento da água tratada deve realizar o seu monitoramento, o trabalho da Secretaria é verificar se o controle realizado é eficiente.