Ao comemorar a confirmação do valor de R$ 260 para o salário mínimo, o líder do Governo na Câmara, deputado Professor Luizinho (PT-SP), disse que “venceu a razão, venceu a responsabilidade com o futuro do país. A luta política não nos ajuda. Temos que criar confiança, segurança, para que o investimento interno e externo continue”.
Dos 448 deputados, 272 rejeitaram a proposta de R$ 275 para o salário mínimo aprovada pelos senadores, 172 votaram a favor e quatro se abstiveram. O governo conseguiu ampliar em 1 voto a diferença da primeira votação da medida provisória, de 99 para 100 votos.
O único ministro que esteve na Câmara para tentar virar votos de última hora, Eunício Oliveira, das Comunicações, elogiou o desempenho do seu partido, o PMDB. “Aqui na Câmara, como no Senado, confirmamos apoio ao governo nesta questão do salário mínimo”. Observou que a oposição não estava defendendo um aumento real do mínimo ao aprovar os R$ 275 no Senado. “Eles fizeram uma disputa política já que estamos em pleno processo eleitoral”, afirmou.
O ministro rebateu acusações da oposição de que, para aprovar os R$ 260, o governo teria negociado a liberação de emendas do orçamento para os parlamentares aliados. Segundo ele, isso não vale para a sua pasta, que não tem emendas e não tem convênios. “A liberação de emendas não vale para mim e tampouco para o governo. Este é o governo da transparência e não do toma lá, dá cá”.
Já o líder do PFL na Câmara, José Carlos Aleluia (BA), insinuou que o governo teria aberto os cofres para liberar dinheiro de emendas parlamentares a aliados, garantindo a aprovação da MP do salário mínimo. “Há indícios fortes. Basta ver que não foram liberados recursos dos deputados que votaram pelo aumento do salário mínimo (R$ 275), só foram liberados recursos para aqueles que prometeram se submeter ao governo e votaram no salário mínimo de R$260”, disse.
O líder do PT, Arlindo Chinaglia (SP), preferiu não polemizar com a oposição. “Respeitosamente, o choro é livre. A oposição esteve 8 anos no governo e nosso salário mínimo, no segundo ano do governo Lula, é maior que quatro governos passados”, afirmou o parlamentar.
Governo diz que na aprovação do mínimo de R$ 260 venceu a razão
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