O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse nesta sexta-feira (4) que o governo vai publicar nos próximos dias medida provisória (MP) criando uma zona de alta vigilância contra febre aftosa nas fronteiras do Brasil com o Paraguai, o que incluiria a região compreendida pelos Estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. "A medida provisória retira desta zona de fronteira a necessidades dos Estados de participar com dinheiro na erradicação da febre aftosa", informou.
Stephanes, que participou da reunião conjunta das Comissões Permanentes de Agricultura da Câmara e do Senado, durante a Expozebu, revelou que apenas o Mato Grosso do Sul já recebeu R$ 20 milhões do governo federal para este fim e outros R$ 25 milhões deverão chegar ao Estado nos próximos dias. "Isto resolve todo o problema da fronteira com o Paraguai", disse.
Conforme ministro, equipes técnicas do Brasil e Paraguai já estão elaborando um plano conjunto para atuação nesta área, que tem uma extensão de 1,2 quilômetros. A área de atuação dos técnicos dos dois países deverá incluir uma distância de 15 quilômetros a partir das fronteiras em cada lado. O Estado do Mato Grosso, explica, já vem atuando junto ao governo boliviano. "O Estado do Mato Grosso já vem fazendo um trabalho muito forte em relação à Bolívia. Já no Mato Grosso do Sul e Paraná, o problema maior e mais sério é com o Paraguai", afirmou.
Hoje, durante entrevista, o ministro reiterou que a questão da defesa sanitária "está sendo rigorosamente equacionada". A expectativa do ministro é que os primeiros resultados do trabalho conjunto entre o governo brasileiro e os governos de países fronteiriços sirvam de argumento para que a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) libere algumas das áreas que ainda estão interditadas.