Cerca de 12 horas depois de ter sido invadida, a Fazenda Itambé, em Jundiaí do Sul, Oeste do Estado, foi desocupada pacificamente pela Secretaria da Segurança Pública do Paraná, na manhã desta quinta-feira (12). A desocupação foi realizada mesmo depois de a fazenda ter sido oficialmente disponibilizada para a reforma agrária.
Na tarde da quarta-feira (11), o proprietário da área ofereceu a fazenda para ser comprada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em uma audiência pública. Logo depois disso, a fazenda foi invadida por cerca de 80 sem-terra. “Apesar de a área estar sendo negociada, a ocupação é inadmissível”, disse o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.
Só quando o Tesouro Nacional empenhar o dinheiro necessário para pagar as benfeitorias da fazenda, a área estará disponível para a reforma agrária. Além disso, as pessoas que invadiram a fazenda não necessariamente serão as escolhidas para participar do assentamento. O Incra deve respeitar uma lista com cerca de 50 mil paranaenses que esperam pela chance de receber um pedaço de terra.
Desocupação
Cerca de 150 policiais militares participaram da desocupação da fazenda Itambé. Eles foram deslocados de dois batalhões, um com sede em Cornélio Procópio e outro em Jacarezinho. A operação durou seis horas. Segundo a PM, todos os sem-terra concordaram em sair da área pacificamente. Eles foram levados em um ônibus e em um caminhão para o acampamento em São Jerônimo da Serra, de onde saíram para ocupar a área em Jundiaí do Sul. Durante a ação da polícia foram encontradas seis pessoas com armas de fogo, que foram detidas e encaminhadas para a delegacia de Santo Antônio da Plantina. A polícia também apreendeu outros 30 tipos de armas entre foices, facões e facas.
