Em decorrência dos casos de sarampo ocorridos em Santa Catarina, o governo do Estado, através da Secretaria da Saúde, informa que não há motivo para alarde, porque estratégias estão sendo preparadas para que não seja registrado nenhum caso da doença em território paranaense. O Paraná está livre do vírus da doença há mais de cinco anos.
?O sarampo é uma doença de notificação obrigatória, portanto todo caso suspeito deve ser informado às secretarias municipais de saúde ou à Secretaria Estadual de Saúde?, disse o secretário estadual Cláudio Xavier.
Para tomar todos os cuidados necessários, a Secretaria já alertou as Regionais de Saúde, que por sua vez entraram em contato com os municípios, para que seja feita notificação de qualquer caso de suspeita de sarampo. ?Temos estrutura necessária para evitar a proliferação da doença no caso do vírus chegar ao Estado?, afirmou.
A Secretaria recomenda que as pessoas, com viagem marcada para o exterior nos próximos dias, procurem um posto de vacinação, se possível com o cartão de vacinação, para verificar se há necessidade de tomar a vacina. ?As pessoas que viajaram para outros países a partir do dia 13 de junho, ou receberam visitantes do exterior e apresentaram sintomas da doença, também devem procurar o posto de saúde mais próximo para receber as orientações, e se necessário a vacina?, alerta o diretor do Departamento de Vigilância em Saúde e Pesquisa, Luiz Armando Erthal.
Para garantir a proteção da população, a vacina contra o sarampo está disponível durante o ano todo nos postos de saúde do Estado. ?Como é uma vacina de rotina, não há necessidade de fazer uma campanha para que a população tenha acesso a ela. Basta se dirigir ao posto de saúde para receber a dose da vacina?, informa a responsável pelo Departamento de Doenças Imunopreveníveis da Secretaria, Miriam Woiski.
Surto
Em 1997 e 1998 houve um grande surto de sarampo no Brasil, onde mais de 53 mil pessoas foram infectadas. No Paraná foram contaminadas 515 pessoas em 1997 e outras 873 em 1998. Após este período, registrou-se um único caso em 1999 e dois casos no ano seguinte.
De acordo com o calendário nacional de vacinação, a vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e cachumba) está indicada para crianças com um ano de idade. O estado tem atingido a meta do Ministério da Saúde, desde a década de 80, ou seja, mais de 95% da população de crianças de um ano de idade são vacinadas todos os anos.
Sintomas
O período de incubação do vírus é de 7 a 18 dias. A partir do décimo dia, o paciente infectado começa a apresentar febre alta, tosse, coriza, conjuntivite, dores musculares e fotofobia (quando a luz incomoda). Esses sintomas permanecem de dois a quatro dias, após isso aparece a exantema (manchas vermelhas em todo corpo). ?Quem já teve sarampo, desenvolve um sistema imunobiológico próprio e nunca mais terá o vírus?, avisa Erthal.