Governo defende maior desenvolvimento para região central do Paraná

O vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, participou nesta terça-feira (7) em Brasília de reunião com o secretário nacional da Agricultura Familiar, Valter Bianchini, para definir ações em parceria com o Governo Federal voltadas a um maior desenvolvimento dos municípios da região central do Paraná.

O encontro reuniu prefeitos dos municípios de Altamira do Paraná, Campina do Simão, Goioxim, Laranjal, Marquinho, Mato Rico, Palmital, além de lideranças políticas do Estado e técnicos da Secretaria da Agricultura.

Pessuti ressaltou a preocupação do Governo do Estado em fortalecer os municípios da região, que apresentam baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Segundo ele, o atual Governo sempre demonstrou uma atenção especial aos municípios mais carentes. ?Na primeira Reunião de Governo, foi discutido o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos municípios do Paraná, de acordo com os dados levantados pelo Ipardes. Na segunda Reunião, o Iapar apresentou o mapa da pobreza do Estado. Em cima disso, o Governo estabeleceu várias ações para melhorar o IDH dos municípios?, explicou.

Ele disse que por meio do projeto Paraná 12 Meses as regiões mais carentes foram beneficiadas com mais recursos. ?Na segunda fase do projeto, que estamos discutindo, vamos buscar atender prioritariamente os 121 municípios com IDH mais baixo. Ou desenvolvemos uma ação mais forte junto aos mais fracos ou continuamos do mesmo jeito?, afirmou. Segundo Pessuti, para atender os 121 municípios na segunda fase do projeto serão necessários cerca de U$ 52 milhões.

Na pauta da reunião também foi avaliado o que os governos Federal e Estadual poderão fazer para dinamizar a bacia leiteira da região central do Estado. Segundo Bianchini, o primeiro passo para que o setor agropecuário local cresça é reforçar a integração e a organização dos produtores. ?Estamos dispostos a discutir o fornecimento de recursos ao centro do Paraná, fortalecendo o cooperativismo e o associativismo entre os produtores da região?, afirmou.

O deputado federal Moacir Micheleto (PMDB) também destacou a importância dos produtores da região estarem organizados. Segundo ele, os sete municípios representados na reunião, mais o de Santa Maria do Oeste, possuem juntos cerca de 12 mil propriedades rurais. ?São entre 50 mil e 60 mil pessoas na zona rural?, afirmou.

Pessuti informou que entre as ações que deverão ser praticadas para atender os municípios mais carentes estão uma maior eletrificação rural, construção e melhoria das estradas rurais, investimentos em habitação rural, saneamento, educação e assistência técnica. ?Quanto à melhoria das estradas rurais, a idéia é que tenhamos uma patrulha rodoviária em cada um dos nove territórios existentes no Estado. Cada patrulha faria cerca de 300 quilômetros de estradas rurais no ano. Ao todo, seriam de 2700 a 3 mil quilômetros de estradas por ano?, disse.

Ainda foi discutida a necessidade de contratar mais técnicos que atuem na extensão rural do Estado.?Devemos fortalecer a Emater. Gostaríamos de participar dos esforços para contratar novos técnicos?, disse Bianchini. Segundo ele, num primeiro momento cerca de 100 técnicos poderiam ser contratados com bolsa do Governo Federal, e outros 100 poderiam ser contratados pelo Estado por meio de parcerias. ?Vamos procurar nos próximos dias equacionar isso. Tanto concurso, contratação e assistência técnica?, afirmou.

?Estamos na fase de revitalização da Emater. A primeira medida foi autarquizar o Instituto. Resolvido isso, vamos partir para os concursos?, disse Pessuti. Ele informou que a questão deve estar resolvida até março, já que está em elaboração o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos da Emater e do Iapar.

Estiagem

Junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, Pessuti ainda reforçou os pedidos do Governo do Estado e das entidades representativas do setor agrícola para que o Governo Federal ajude a amenizar a crise decorrente da estiagem.

Entre as propostas defendidas, estão a anistia da parcela de custeio e de investimento prorrogada do ano anterior e que vence em 2006; a criação de uma linha de financiamento para a manutenção familiar com prazo de pagamento de cinco anos; a prorrogação dos financiamentos de custeio agrícola e pecuário e de investimento para as áreas atingidas pela estiagem por, pelo menos, cinco anos, com dois anos de carência, e outras.

Pessuti lembrou que a Secretaria da Agricultura já adquiriu 14 mil sacas de sementes de milho e de feijão, que serão distribuídas a partir da próxima semana aos agricultores familiares do Estado prejudicados com a seca.

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