O ministro Jaques Wagner, da Secretaria de Relações Institucionais, passou o dia conversando com parlamentares, para, também, recompor a base no Congresso. Pela manhã, o ministro recebeu deputados da bancada Ruralista, formada pelo PP, PT, PL e PDT. À tarde, previu encontros com parlamentares do PMDB, PSDB, PPS e PTB.
"Estou recebendo uma série de parlamentares que tinham uma série de demandas reprimidas de toda ordem e estou conversando com eles", disse.
Wagner disse que pretende despachar rotineiramente no Congresso e explicou que seu papel é dar suporte aos líderes do governo da Câmara, do Senado e do Congresso.
Sobre o salário mínimo que pode ser votado hoje na Câmara, o ministro afirmou que espera "bom senso" na votação. Ele disse que a idéia é voltar ao texto original da Medida Provisória que reajustou em 1º de maior o valor do mínimo de R$ 260 para R$ 300. Na semana passada, o Senado aprovou o valor de R$ 384, mas o governo já disse que não tem como pagar.
A Medida Provisória do salário mínimo deve ser votada até sexta-feira para não perder a validade. Se passar o prazo, o ministro disse que o governo federal não pretende reduzir o valor do mínimo.
"Se a medida caducar, o presidente da República garante que não vai reduzir naquilo que diz respeito ao governo federal, que são aposentados e pensionistas, o pagamento no valor de 300 reais", afirmou.
O ministro comentou também sobre a liberação de R$ 1 bilhão anunciada ontem pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Segundo ele, o descontigenciamento já estava previsto e anunciou que o próximo será no final de setembro.
No entanto, o ministro pediu que não se associe a liberação de verbas com crise ou votação do salário mínimo. "Podem associar isso ao seguinte: o presidente já disse que quer se continue investigando, que o Brasil continue funcionando. Na medida em que se apresenta receita na Fazenda, essa receita é transformada em orçamento para os ministérios que dependem do seu orçamento para funcionar."