O secretário de Estado da Administração, Ricardo Smijtink, voltou a receber ontem representantes do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística (IC), na tentativa de fechar um acordo. A reunião teve início no começo da noite.
De acordo com o presidente da Associação de Criminalística do Paraná, José Ricardo Fiedler, a categoria só colocaria fim à greve se a proposta do governo contemplasse as reivindicações.
Na quarta-feira, servidores e o secretário ficaram reunidos durante mais de três horas, mas não houve acordo. O secretário Ricardo Smijtink propôs reajuste médio de 30%, o que representaria impacto de R$ 570 mil aos cofres públicos. A reivindicação da categoria, segundo o secretário, representaria impacto de R$ 1,9 milhão.
?O próprio governo criou distorções profundas entre as categorias. Com esse valor que ele ofereceu, não conseguiria restabelecer o que tínhamos antes?, afirmou Fiedler. Segundo ele, o reajuste para alguns aconteceria em detrimento da redução de salário de outros. ?Eu mesmo perderia R$ 700,00?, comentou Fiedler, perito criminal da terceira classe.
Os servidores do IC e do IML pedem diferença salarial de 5% entre as classes – hoje ela chega a 100%, segundo o presidente da Associação – e mesmo tratamento político que a Polícia Civil e a Militar receberam. ?Quando há vontade política, o problema se resolve de um dia para outro. Mas quando não há, fica difícil?, lamentou.
Em todo o Paraná trabalham 259 peritos criminais, médicos legistas, químicos legais e toxicologistas. Só em Curitiba, são cerca de 140. Os servidores do IML e do IC estão em greve desde à meia-noite de domingo. Com isso, foram interrompidos serviços como dosagem alcoólica, lesões corporais, exames de toxicologia, entre outros.
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