O Ministério da Agricultura decidiu ampliar as medidas de apoio à comercialização do trigo. Após reunião com representantes da cadeia produtiva e com parlamentares da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, em Brasília, o secretário de Política Agrícola do Mapa, Ivan Wedekin, anunciou a realização de novos leilões de Prêmio de Risco de Opção Privada (PROP) e de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), além de aumentar de R$ 283,6 milhões para R$ 360 milhões os recursos para apoiar a comercialização do produto.

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O governo volta a se reunir com representantes da indústria no próximo dia 17 de novembro para definir o cronograma dos leilões para oferta de 806 mil toneladas de PROP. Já foram negociadas 44 mil toneladas das 100 mil ofertadas no leilão de PROP no dia quatro último.

Foi definido ainda o aumento de 400 mil para 700 mil toneladas a oferta de trigo nas operações de PEP. Nesta quinta-feira (10) foram ofertadas 230 mil toneladas de produto. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai adquirir 266 mil toneladas de trigo e não colocará no mercado, até março do próximo ano, seus estoques reguladores, estimados em 700 mil toneladas. Para as compras da Conab, o governo está destinando R$ 107 milhões, para liquidação financeira até 15 de dezembro.

O Governo vai estudar também o pedido dos produtores de prorrogação para o final dos contratos da cobrança das três primeiras parcelas do custeio do trigo. No Paraná, o preço de oferta hoje alcança R$ 360,00 para compra, enquanto os vendedores pedem R$ 400,00 por tonelada, contra os R$ 320,00 anteriores. Além disso, o Governo vai solicitar ao Banco do Brasil um atendimento especial para a concessão de EGF para semente de trigo. O pacote anterior anunciado no dia 4 de novembro mostrou efeitos na recuperação dos preços e todos saíram da reunião com a expectativa de que, com as novas medidas, essa recuperação seja ainda mais efetiva

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