A Secretaria da Saúde alerta a população sobre os vírus de hepatites, doenças que podem ser evitada se a população tomar as vacinas e adotar cuidados prevenindo-se contra o vírus. Uma das medidas adotadas pelo Governo do Estado é a campanha de esclarecimento e valorização da vacina contra as hepatites
Para isso a Secretaria convocou toda a população menor de 20 anos para tomar a vacina contra Hepatite B que está disponível o ano todo nas Unidades e Postos de Saúde. O secretário da Saúde, Cláudio Xavier, lembra que a vacinação contra o vírus é simples e eficaz, mas é preciso receber a vacina em três doses. A primeira dose é aplicada até 12 horas após a criança nascer, a segunda um mês depois e a terceira cinco meses após a segunda. A partir daí a criança está segura contra a doença. ?É importante que todos tomem a vacina. Protegendo o jovem, teremos adultos sadios. Sempre trabalhamos com o critério da prevenção?, afirmou o secretário.
O Programa Estadual para Prevenção e Controle das Hepatites Virais (PEHV) propõe uma abordagem sistematizada das ações para garantir sua eficácia e, desta forma, diminuir o contágio sobre a população a médio ou longo prazo. ?As hepatites constituem um grande desafio para a saúde pública pela importância epidemiológica e por sua diversidade virológica, de formas de transmissão, de evolução clínica, além da sua complexidade diagnóstica, terapêutica e possibilidade de evolução para doenças crônicas?, afirmou a coordenadora do programa de Hepatites Virais da Secretaria, Márcia Gil Aldenucci.
Segundo ela, neste ano foram notificados 683 casos de Hepatites A, 71 casos de Hepatite do tipo B, seis casos do tipo C, totalizando 815 casos no estado. A cada 100 mil habitantes 7,9 adquirem a doença. ?Esses números podiam ter sido evitados se a vacinação fosse tomada de maneira correta pelas pessoas?, disse Aldenucci. Ele afirmou que as campanhas, como a que se realiza agora, têm como objetivo atingir principalmente as crianças e os jovens até 19 anos, pois eles fazem parte da população de maior risco de contaminação. A vacina se encontra disponível em todos os postos de saúde do Estado.
Márcia Gil Aldenucci explica que as hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos com diversas características epidemiológicas, clínicas, imunológicas e laboratoriais. A hepatite é uma doença caracterizada pela inflamação do fígado, geralmente causada por vírus e às vezes por agentes tóxicos. O conhecimento técnico-científico em relação às hepatites causadas por vírus vem apresentando grande avanço nos últimos anos, diz Aldenucci.
Segundo ela, são hoje conhecidos cinco tipos de hepatite viral: A, B, C, D e E, que são agrupadas segundo o modo de transmissão em dois grupos: as de transmissão fecal ? oral (hepatite A e E) e as de transmissão sexual/ parenteral (hepatites B, C, e D). As hepatites A e E são doenças crônicas com limitações. As hepatites B, C e D provocam infecções agudas que podem se intensificar evoluindo para cirrose e hepatocarcinoma.
Nas hepatites virais, explica a coordenadora do programa de Hepatites Virais, independente do tipo do vírus causador, quando a doença é aparente as manifestações clínicas são semelhantes. Os sintomas iniciais podem ser leves, como cansaço, debilidade muscular, perda de apetite, diarréia e vômito ou sintomas parecidos com os de um resfriado, com dor de cabeça, calafrios e febre. ?No entanto os sintomas mais indicativos desta doença são os olhos e pele amarela, as fezes pálidas e a coloração escura da urina?, diz ela.
A Hepatite do tipo A é transmitida por água ou alimentos contaminados por fezes. A prevenção deve ser feita por toda à população consumindo sempre água tratada ou fervida, lavar sempre bem as mãos antes das refeições e depois de usar os sanitários, lavar corretamente os alimentos antes de ingeridos e evitar o consumo de alimentos crus ou de procedência duvidosa.
Já a Hepatite B além da vacina pode ser evitada com cuidados básicos nas relações sexuais, como uso de camisinha e usar seringas descartáveis. ?A hepatite B é uma doença grave que pode se tornar crônica, levando a pessoa à cirrose, ao câncer de fígado e à morte?, alerta o secretário Cláudio Xavier.
A hepatite C é transmissível através do sangue, tanto por relações sexuais assim como o uso de drogas. Existe uma vacina para esses casos que é encontrada no Centro de Referência de Imunobiológicas e Especiais (Crie) com sede em Curitiba e Londrina. Essa vacina é utilizada em casos de hepatites crônicas do fígado.
