O vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar, disse que o governo não vai recorrer da decisão tomada nesta segunda-feira pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região que obriga o governo a abrir os arquivos sobre a Guerrilha do Araguaia.
Segundo o ministro, é direito das famílias saber o que aconteceu com seus parentes. "Decisão do Judiciário não se discute. Cumpri-se. Agora, é claro, que os arquivos não vão ser carregados e abertos na Praça da Sé. Eles estão arquivados. As pessoas interessadas vão naturalmente procurar saber, obviamente, o que aconteceu com seus ancestrais, com seus descendentes, com seus parentes. É um direito do cidadão", ressaltou Alencar, após participar da cerimônia de apresentação dos oficiais-generais das Forças Armadas, no Palácio do Planalto.
Pouco antes da cerimônia começar, o advogado-geral da União, Álvaro Augusto Ribeiro Costa, disse que a decisão política de recorrer à sentença cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e preferiu não comentar o assunto. Ele afirmou que a Advocacia Geral da União vai examinar juridicamente o acórdão assim que for publicado.