Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva empurra a reforma ministerial para mais longe possível, os governadores – até mesmo os reeleitos – se apressam para concluir a montagem de suas equipes. De olho em 2010 ou em outras apostas políticas, muitos têm optado por criar um time com status de ministério.
A criação de um supersecretariado tem sido perseguida por governadores de diferentes partidos. No Rio, por exemplo, o estreante Sérgio Cabral (PMDB) convocou o ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy para a Secretaria da Fazenda. Em Minas, mesmo reeleito, o governador Aécio Neves (PSDB) também preparou mudanças em sua equipe.
Para a Secretaria Extraordinária para Assuntos Institucionais, Aécio trouxe nada menos que o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Carlos Velloso. O tucano também já anunciou que o deputado Danilo de Castro (PSDB-MG) – que presidiu a Caixa Econômica Federal no governo do ex-presidente Itamar Franco – vai integrar o primeiro escalão de sua administração.
A estruturação de uma equipe de ponta também foi seguida pelo governador eleito do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PFL). Para o comando da Empresa Energética de Brasília (CEB), o pefelista convocou o candidato derrotado a vice-presidente José Jorge (PFL), que foi ministro de Minas e Energia no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Também convocou o senador e vice-governador eleito Paulo Octavio (PFL) para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo. Para a pasta da Educação, chamou a ex-secretária-executiva do Ministério da Educação na gestão de Paulo Renato Souza, Maria Helena Guimarães.
Em São Paulo, o governador eleito José Serra (PSDB) acabou por montar uma equipe mais técnica, mas sem deixar de incluir figuras ilustres entre seus colaboradores. Três ex-ministros (João Sayad, Alberto Goldman e Aloysio Nunes Ferreira) integram o secretariado do tucano. Eduardo Campos (PSB), em Pernambuco, também convocou um notável para a pasta da Cultura: o escritor Ariano Suassuna, além do ex-ministro Humberto Costa para a Saúde.