Uma comitiva de funcionários da fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, será recebida nesta quarta-feira (31) pelo governador Roberto Requião, para comunicar adesão à greve de advertência de 24 horas, em protesto contra o plano de reestruturação mundial anunciado pela empresa, que visa reduzir custos e implementar corte de pessoal. O plano pode acarretar na demissão de 5,7 mil trabalhadores no Brasil.

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?Os trabalhadores vão conversar com o governador e comunicar que estão insatisfeitos com o plano de reestruturação da empresa. Naturalmente, vão pedir a intervenção do governador junto a empresa, para que as demissões sejam suspensas?, informou o presidente do Conselho de Política Automotiva do Governo do Estado, Mário Lobo, que pretende acompanhar a reunião, juntamente com Sergio Butka, presidente da Força Sindical do Paraná.

A expectativa da Força Sindicato é que os 4,2 mil metalúrgicos e funcionários da fábrica de São José dos Pinhais cruzem os braços na manhã desta quarta-feira e deixarão de produzir cerca de 800 carros. Em todo o país, a Volks deixará de produzir 2,7 mil veículos durante a greve de advertência.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba revelou que, antes mesmo da implantação do plano de reestruturação da montadora, 219 trabalhadores foram demitidos da fábrica de São José dos Pinhais. A atitude da montadora revoltou os operários, que prometem adesão em massa à paralisação de 24 horas. Aliás, esta será a Segunda paralisação em menos de 15 dias no Paraná. No dia 18 de maio, os trabalhadores cruzaram os braços por quatro horas e deixaram de produzir 150 unidades dos modelos Golf, Fox e Audi A3, que daqui são exportados para a Europa e América Latina.

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A greve começa às 5 horas na sede da montadora. Mas estão previstas passeatas e manifestações na rua XV de Novembro, às 9:30 horas e uma passeata na Boca Maldita às 15:30 horas.