O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), defendeu hoje a realização da prévia do partido, prevista para março, como um instrumento com o objetivo de começar a recuperar a identidade da legenda.

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Rigotto avaliou que um eventual adiamento da prévia para depois desta data – hipótese comentada internamente – tornaria inviável a participação de governadores na disputa interna pela escolha do candidato a presidente.

"Isso significaria retirar da prévia todos os governadores, que não poderiam participar", afirmou. A participação estaria inviável porque não se justificaria a desincompatibilização de um governador diante da mera hipótese de concorrer à Presidência.

"A idéia de adiar a prévia é no fundo para acabar com a prévia", avaliou. O governador gaúcho só definirá a possível participação na disputa interna na segunda quinzena de janeiro. O PMDB fixou o prazo limite de 15 de fevereiro para as inscrições dos pré-candidatos.

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Rigotto elogiou o empenho do secretário de Governo e Coordenação do Estado do Rio, Anthony Garotinho, na realização da prévia. Em entrevista hoje à Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, Garotinho avaliou que ele e Rigotto são os únicos que querem a votação interna.

Rigotto concordou que os dois são os mais ativos em favor da escolha e disse que Garotinho presta "um grande serviço ao partido" ao percorrer o País e mobilizar o PMDB.

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"Essa tese da prévia vai crescer, mesmo que alguns não acreditem nela", projetou o governador gaúcho. Para Rigotto, seria melhor ter vários nomes na prévia, pois isso aumentaria a mobilização do partido.

Sobre a possibilidade de compor uma chapa com Garotinho, Rigotto ponderou que acha viável que o PMDB forme alianças com algumas legendas ainda no primeiro turno.

Ele também vê possibilidade de o PMDB ocupar um espaço de terceira via, entre o PT e o PSDB. "Pode, tranqüilamente, surgir uma alternativa de centro-esquerda comandada pelo PMDB", analisou.