Governador eleito do Ceará critica Petrobras em acordo de gás

O governador eleito do Ceará, Cid Gomes (PSB), criticou nesta terça-feira (21) a Petrobras por dar sinais contrários a acordo feito com o Estado e com um consórcio de empresas para a implantação de uma usina siderúrgica no Ceará. A Companhia Vale do Rio Doce e as empresas Danieli (Italiana) e Dongkuk (Coreana) integram o consórcio. Pelo acordo, a Petrobras se comprometeu a fornecer gás para o funcionamento da usina siderúrgica.

"Foi feito um acordo há dois anos entre o Estado, as empresas e a Petrobras para o fornecimento de gás em determinadas condições e, recentemente, a empresa tem dado sinais de que está voltando atrás no entendimento feito", reclamou o governador eleito, ao chegar no início desta tarde ao Ministério da Fazenda para uma reunião com o ministro Guido Mantega, que integra o Conselho Administrativo da Petrobras.

O governador disse que o maior impasse é o fornecimento de gás para a usina siderúrgica, mas admitiu também que há conflito em outros itens do acordo, inclusive preço. "Não é só um item. A Petrobras não tem definido de onde virá o gás, se virá do Rio Grande do Norte ou será importado", disse ele.

Por enquanto, afirmou, o impasse ainda não atrapalhou o empreendimento, que está na fase terraplenagem. Ele alertou, porém, que as obras poderão sofrer atrasos se o problema não for resolvido. A usina será instalada na região do Porto de Pecém e tem previsto investimento de cerca de US$ 750 milhões.

Montadora

O governador eleito informou que negocia com uma indústria automotiva a instalação de um fábrica no Estado. Gomes, no entanto, não revelou o nome da empresa interessada nem o valor do investimento. "Estamos em negociação", disse, alegando que a divulgação do nome da empresa poderia atrapalhar os entendimentos.

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