A Google está de olho nas editoras e quer montar na internet a maior livraria virtual do mundo. O Google Print foi lançado em outubro e a companhia investiu muitas fichas na London Book Fair 2005. O gerente do projeto no Reino Unido, Adam Smith, garante que não haverá concorrência com a Amazon.com, a pioneira e maior pontocom vendedora de livros via web.
O Google Print expõe parte dos livros nas páginas da internet e dá acesso ao site das editoras, onde o interessado pode fazer a compra diretamente, com pedido e pagamento online. O Google não cobra nada de ninguém mas pode vender anúncios nestas páginas.
Smith apresentou o projeto em duas sessões na feira, assegurando aos representantes das editoras que não haverá canibalismo em suas vendas nem interesse do Google em entrar no mercado de livros. "O usuário tem no Google Print acesso a somente 20% do conteúdo do livro, numa página de segurança que não pode ser copiada nem impressa", afirmou.
O interesse do Google se limita, disse Smith, a oferecer informação ao seu público. "Estamos interessados nisso porque estamos interessados em todo tipo de conteúdo", disse ele, lembrando que as páginas do Google têm 8 bilhões de produtos indexados, vistos por 300 milhões de usuários em localidades com 104 línguas diferentes.
Entre as vantagens para as editoras, Smith citou a possibilidade de conseguir mais e novos leitores entre os internautas, com o recurso inédito de "saber como os livros são usados", já que a web permite rastrear o tipo de usuário que acessa e faz operações on line. Além disso, livrarias, bibliotecas e leitores em geral podem avisar quando determinados títulos estão faltando nas prateleiras.
Sobre a Amazon.com, o representante da Google disse que há diferenças muito grandes entre os dois tipos de atuação, e que não é objetivo concorrer. Mas não se estendeu muito nas explicações diante de uma platéia não muito crédula.
