A companhia aérea Gol pretende ter vôos para todos os países da América Latina até 2010. Atualmente, a empresa já opera sete destinos fora do País, sendo três na Argentina (Córdoba, Rosário e Buenos Aires), além de Montevidéu (Uruguai), Assunção (Paraguai), Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) e Santiago (Chile) cujo vôo inaugural ocorreu ontem.
Segundo o vice-presidente de marketing e serviços da Gol, Tarcísio Gargioni, a empresa deve iniciar em novembro também vôos para Lima, no Peru. A autorização já foi concedida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Outro destino internacional será o México, para o qual a companhia já encaminhou pedido, mas ainda não obteve autorização.
Atualmente as rotas internacionais respondem por cerca de 11% dos vôos oferecidos pela Gol, participação que deverá ser mantida nos próximos meses por causa da entrada da companhia em novas rotas nacionais. Conforme Gargioni, também fazem parte da lista de interesse países como Venezuela e Colômbia. "Antes de encaminhar um pedido à Anac, fazemos uma ampla análise do mercado", disse. O objetivo é comprovar se há fluxo suficiente para sustentar uma nova linha.
De acordo com Gargioni, a companhia programa elevar para 96 o número de aviões até 2012. Atualmente, a Gol conta com 54 aviões. Segundo o executivo, a empresa encomendou à Boeing um lote de 101 modelos 737-800, mas ainda não sabe se vai exercer a opção de compra de todos eles.
"Podemos até superar esse número (de 96 unidades até 2012) se exercermos a opção de compra fechada com a Boeing", afirmou, sem revelar o investimento programado para o aumento da frota. De acordo com Gargioni, já neste ano oito novos aviões serão incorporados às rotas da empresa. Para 2007, a programação é elevar o número de aeronaves para 75.
A Gol é atualmente a segunda maior empresa de aviação do País, com 37,35% do mercado doméstico – a líder TAM tem 51,34%. Nos vôos internacionais, porém, ainda tem uma participação pequena: em agosto, foi de 10,75%. A da TAM foi de 54,55%, e a da Varig, 21,64%.