A fábrica da General Motors de São José dos Campos, no Vale do Paraíba (SP), abriu um novo plano de demissão voluntária nesta semana na tentativa de reduzir o atual quadro de funcionários para adequar a produção à demanda do mercado. A empresa não comenta o assunto.

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De acordo com o sindicato dos metalúrgicos, a maior preocupação é com os 200 trabalhadores que desde agosto foram afastados do cargo por meio do sistema de "lay-off" – a suspensão do contrato de trabalho por quatro meses. Nesse período, os metalúrgicos não trabalham, mas são obrigados a freqüentar cursos de reciclagem, recebendo 80% do salário, pago pela empresa e pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

A montadora também não informou quantos funcionários quer atingir com o novo PDV, o sétimo nos últimos seis meses.

Segundo o diretor sindical Vivaldo Moreira. apesar de a empresa alegar que a produção para o mercado externo está fraca e que as vendas caíram muito por causa da desvalorização do dólar, há funcionários acumulando funções. "Está faltando gente na fábrica. Tem funcionários fazendo função de duas ou três pessoas. Chegamos a encontrar funcionários que estavam fazendo 11 operações. Chegamos a fazer paralisações pontuais.

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No acordo fechado em setembro, a GM prometeu estabilidade para os 9 mil trabalhadores, com exceção dos que estão em lay-off até 30 de novembro.

Em reunião realizada nesta sexta-feira (27), os trabalhadores afastados iniciaram um protesto para garantir o emprego. Enviaram ao prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury (PSDB), uma carta pedindo a intervenção no caso. Também foram à Câmara Municipal com o mesmo documento. "Nossa luta é pelo retorno desses companheiros. Vamos continuar insistindo com as autoridades para que intervenham nessa questão e não deixem que pais e mães de família sejam demitidos", disse Moreira.

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Antes da campanha salarial, em maio deste ano, a GM anunciou que precisava adequar a produção às vendas e para isso teria que demitir 960 trabalhadores da fábrica de São José dos Campos. Depois de muitos protestos por parte do sindicato e greves, a empresa abriu seis PDVs e transferências para outras unidades e conseguiu a adesão de 480 trabalhadores.

O sindicato tenta uma reunião na semana que vem com a direção da GM em São José dos Campos para pedir o retorno antecipado dos 200 funcionários em lay-off.