O descaso e abandono do ginásio de esportes Vicente Luiz Gurski, em Matinhos, no litoral do Paraná, continua gerando problemas aos moradores próximos à estrutura, que está abandonada há pelo menos dez anos.

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O ginásio está bastante deteriorado pela ação do tempo e pela presença de desocupados, que utilizam a construção para consumo de drogas e álcool, segundo moradores.

No seu interior, a reportagem do Paraná Online constatou, esta semana, grande quantidade de lixo, mau cheiro e homens sob efeito de álcool. A dona de casa Gilmara Freiras, que mora há menos de cinco anos em Matinhos, conta que desde que se mudou para a cidade o espaço é frequentado por transeuntes e desocupados.

“Não sabemos o que fazer. Diariamente vemos essas pessoas usando drogas e abordando moradores e turistas que passam por ali. É uma situação muito constrangedora para a nossa cidade, ainda mais nessa época de temporada”, opina.

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A presença dos desocupados é a menor das preocupações para o vendedor Odeir dos Santos, que lamenta a ausência do local para a prática de esportes. “É triste. Sempre passo aqui e vejo esse ginásio imenso vazio. Jogado às traças. A prefeitura poderia aproveitar melhor esse lugar ao invés deixá-lo nesse estado”, afirma o trabalhador.

Recentemente, a prefeitura de Matinhos fixou uma faixa no ginásio com os dizeres: “Prefeitura de Matinhos conseguiu autorização para a reforma deste ginásio a partir de 2011”. A reportagem questionou o órgão sobre a situação do ginásio, mas não obteve resposta.

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Culpa

Em novembro do ano passado, integrantes da 1.ª Câmara de Julgamento do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) afirmaram que o projeto de construção do ginásio foi aprovado com irregularidades e que as falhas aumentaram durante a execução da obra.

O TCE disse ainda que os ex-prefeitos da cidade, Acindino Ricardo Duarte e Francisco Carlim dos Santos; a empresa que fez o projeto, CSA Projetos e Obras, representada pelo sócio-proprietário Carlos Miguel Saborido; e a Paraná Litoral, deverão devolver o montante de R$ 208 mil, que ainda será corrigido depois que o processo transitar em julgado. O ginásio custou R$ 960.969,07.