Gilberto Gil defende adesão do PV à coalizão do governo

O ministro da Cultura, Gilberto Gil, defendeu nesta segunda-feira (27) a participação do PV na coalizão proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o seu segundo mandato. Embora mantenha sua filiação ao PV, o ministro se mantém afastado das atividades partidárias. Apesar de observar que não tem poder de influência na aproximação que o presidente busca com seu partido, Gil afirmou que integrar a base do governo poderia fortalecer o PV, enfraquecido diante da cláusula de barreira.

"Para o partido, sem dúvida alguma, seria bom. Ele precisa de fortalecimento, está agora pressionado pela cláusula de barreiras. A sua sobrevivência neste modelo de institucionalidade partidária no Brasil tem grandes dificuldades", disse o ministro, observando que o partido precisa ter cuidado para manter sua identidade programática. "Há desafios muito claros. Poder contar com essa sinergia de pertencer a uma base de governo seria uma coisa importante para o PV, mas eu não tenho feito parte dos processos dessas decisões estou muito afastado do partido", afirmou.

Gil abriu nesta segunda-feira o I Fórum Nacional de TVs Públicas, no Rio. No evento, ouviu mais uma vez apelos para que permaneça à frente do Ministério da Cultura no segundo mandato do presidente Lula. Em entrevista, Gil afirmou que ainda espera uma conversa com o presidente. "Enquanto eu não tiver uma conversa com o presidente Lula, eu não posso de maneira alguma determinar posição pessoal minha", afirmou. O ministro disse querer, antes de tomar alguma decisão, saber a opinião do presidente sobre sua gestão, os planos para o ministério e se gostaria que permanecesse. "O presidente pode me levar a um convencimento diferente daquele que poderia ser a minha inclinação se eu só ficasse em casa e não conversasse com ele", afirmou Gil.

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