São Paulo – Intensificar o trabalho articulado entre governo e polícia é a solução para evitar que obras de arte sob a guarda do poder público em museus e bibliotecas sejam roubadas, disse hoje (13) o ministro da Cultura, Gilberto Gil, em São Paulo. ?A Polícia Federal e outras polícias do país devem dar proteção aos locais onde estão guardados os acervos?, afirmou.

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Segundo Gil, é preciso também estreitar o intercâmbio internacional com Canadá, Estados Unidos e países da Europa, que têm mais prática em proteger obras de arte e patrimônio histórico. ?A criação do Instituto Nacional de Museus vai trazer possibilidades de que uma política mais efetiva com recursos e administração próprios existam, e assim haja mais segurança nos museus e acervos?.

Gil afirmou que a segurança não se esgota nos riscos de furto e roubo, mas é também uma questão de manutenção permanente dos acervos, com atenção à melhoria da rede elétrica e combate ao fogo, por exemplo.

?A criação do Sistema Nacional de Cultura é um dos instrumentos para essas articulações entre os estados, para que sejam compartilhadas políticas, tarefas para aumentar a proteção dos acervos?, declarou.

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Ele enfatizou que o Ministério da Cultura não pretende ser o líder para essa articulação, mas tem papel importante para estimular o movimento. ?Está nas mãos do ministério fazer essa convocação geral. Isso caracteriza uma liderança?.

Na semana passada, foi divulgado o desaparecimento de mais de cem obras (gravuras e desenhos) da Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo. Segundo o delegado de Polícia Federal e chefe do escritório central da Interpol no Brasil, Alberto Lasserri, a Interpol seria acionada para auxiliar nas investigações.

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O ministro Gilberto Gil participou do 34o Fórum de Debates Projeto Brasil Indústria da Cultura e Convergência Digital, na capital paulista.