São Paulo – O ministro da Cultura, Gilberto Gil, disse, na última sexta-feira (4), esperar que, até o final deste ano, sociedade e governo formalizem uma ?posição clara? sobre a criação da nova rede de TV pública brasileira. Segundo o ministro, a última etapa do Fórum de TVs Públicas, com início marcado para o próximo dia 8, vai apresentar um relatório final para uma ?primeira grande exposição nacional? dos temas debatidos pelos oito grupos temáticos estabelecidos pelo fórum.
?[Após essa fase final do fórum, vamos] provocar a discussão e acelerar, na medida do possível, o processo, para que a gente tenha uma posição, até o fim do ano – uma posição clara, definida -, sobre qual televisão pública queremos. E se podemos tê-la?, disse Gil.
A última etapa do Fórum de TVs Públicas, que conta com representantes de entidades do setor, autoridades do governo, pesquisadores e organizações da sociedade civil, acontece esta semana, entre os dias 8 e 11 de maio, em Brasília. O evento deve mobilizar cerca de 1.500 pessoas para a elaboração da ?Carta de Brasília?, um documento que vai sintetizar as recomendações do fórum ao governo federal.
?O conjunto de contribuições de agora vai se somar a outras que vão vir do próprio governo e de setores privados que, por acaso, não fizeram parte do fórum. Enfim, as contribuições vão se somar e, daí, governo e sociedade terão referencial para saber o que a sociedade quer e o que o meio especializado também quer?, afirmou Gil.
Em paralelo ao fórum, o governo também estuda o futuro da comunicação pública no país. No último dia 12 de abril, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins, informou que o grupo de trabalho coordenado por ele e integrado pelos ministérios da Educação, Cultura e Comunicações teria 30 dias para apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um modelo de rede de televisão pública. Segundo Martins, a nova rede deve ser formada a partir da unificação das estruturas da Radiobrás e das TVEs do Rio de Janeiro e do Maranhão.