O governador Roberto Requião segue hoje para uma viagem à China, o gigante da Ásia, onde já havia estado em seu mandato anterior. Nesses poucos anos houve uma mudança radical no panorama social, econômico, físico e ambiental do país, bastante próximo de ser reconhecido como potência mundial.
Nos últimos tempos a economia chinesa deu saltos impressionantes, crescendo à taxa média anual de 9%. Um mercado aberto para o mundo, mas que também tem necessidade de vender em grande escala.
Requião vai ver, pelo menos em parte, um país habitado por 1,3 bilhão de pessoas, 20% da população mundial, onde até as soluções mais simples são calculadas em proporções alarmantes. Cidades como Pequim, Xangai, além da efervescente e cosmopolita Hong Kong, transformaram sua paisagem pela crescente substituição da arquitetura tradicional por impressionantes construções verticais, rivalizando com os mais ricos países do Ocidente.
Enfrentando problemas graves na questão energética, grande consumidora de alimentos, minério de ferro e petróleo – comenta-se que a alta dos preços do óleo está relacionada com a elevada procura chinesa -, o país comprou do Brasil no ano passado um valor bruto de US$ 9,1 bilhões. Essa perspectiva pode se expandir, mas a mudança da pauta esbarra no fato de que a indústria chinesa compete diretamente com a nossa na maioria da produção de manufaturados.
Mesmo assim, setores ligados à indústria e ao comércio internacional afirmam que o Brasil pode firmar boas parcerias com a China, investindo na conquista de maior espaço naquele extraordinário mercado e descobrindo nichos de interesse para seus produtos.
Por exemplo, o presidente da Câmara de Comércio Brasil-China, Charles Tang, lembra que a China tem grande interesse por café solúvel e leite longa vida, produtos importantes por seu alto valor agregado. Um negócio que pode render excelentes resultados para o nosso Estado.