A competitividade vem se impondo, ao longo das últimas décadas, como pressuposto fundamental para a sobrevivência das organizações. Essa premissa tem sido largamente disseminada no mundo corporativo e que parece adquirir significado cada vez mais relevante na interpretação do comportamento da sociedade.
Esse novo cenário, no entanto, não tem se limitado a promover modificações conceituais e práticas apenas no contexto organizacional. Traz, em seu bojo, também, mudanças que vêm atingindo todos os setores da vida humana, tanto na perspectiva coletiva quanto na individual.
Isso se torna ainda mais significativo quando se constata a amplitude dos resultados dessa nova configuração social. Percebe-se claramente que, ao longo do processo produtivo de qualquer das áreas de desenvolvimento e de produção humana, as transformações estruturais ocorridas, principalmente a partir da década de 80, são a causa do surgimento de uma nova concepção de competência, inclusive, no âmbito das políticas educacionais.
É assim que, na confluência entre as características do cenário social contemporâneo e a educação, fenômenos como a já exaustivamente citada globalização exercem uma pressão significativa sobre os sistemas e processos educacionais, que são continuamente avaliados e dos quais se exigem respostas condizentes com as necessidades atuais da sociedade.
Não há mais como a instituição de ensino se manter restrita aos contornos tradicionais dos padrões de qualidade de ensino centrados principalmente nos processos pedagógicos e nos paradigmas de referência da instituição, centrados primordialmente no trabalho pedagógico que sempre a caracterizaram. Não é mais possível pensar na qualidade da instituição de ensino apenas em função da excelência de suas características pedagógicas, embora estas sejam, na prática do dia-a-dia, aquilo que vai diferenciar uma instituição da outra numa visão mais holística.
Por outro lado, tem-se o modelo de formação do educador, construído em função dessa estrutura tradicional, voltada unicamente para a qualidade pedagógica, exigindo uma re-significação, uma reestruturação fundamentada nos paradigmas do novo contexto social de contínua mudança. Assim, a formação do gestor educacional passa a requerer modificações consistentes que se harmonizem com as novas formas de gestão requeridas pelo mercado.
Em seu conjunto, tais mudanças têm exigido das instituições de ensino uma postura única na história da educação, pautada, sobretudo, no dinamismo para responder rapidamente aos desafios que se impõem e na agilidade em assumir novas funções e papéis a partir das diferentes necessidades que a sociedade passa a manifestar.