A geração de energia elétrica em maio registrou aumento de 5,2% em relação a maio do ano passado, segundo dados preliminares divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) órgão que administra a produção de energia elétrica no País. Segundo o ONS, a geração média deste mês ficou em 48.421 megawatts (MW), com acréscimo de 2.393 MW em relação ao observado há 12 meses.
O ritmo de maio é inferior ao observado em março e abril e reflete a queda da temperatura média no País nas últimas semanas. Em relação a abril, a carga média de maio registrou queda de 4,6%, conforme o ONS. No acumulado em 12 meses em relação a igual período anterior, a variação atingiu 4,3%.
Além da atividade econômica, a geração de energia está bastante vinculada à temperatura média nas grandes cidades. Com a queda da temperatura nos meses de maio a julho, há uma queda sazonal no consumo de energia elétrica por parte das residências e do comércio. O consumo industrial, ao contrário, está mais vinculado ao ritmo de produção do País como um todo.
No comunicado com os dados sobre a geração de maio, o ONS observa que a atividade industrial vem apresentando "comportamento não homogêneo", devido ao desempenho de alguns setores que vêm verificando taxas de crescimento expressivas, enquanto outros segmentos, voltados à exportação, vêm apresentando redução nas suas atividades, devido à contínua queda do dólar ante o real.
Regiões
Em termos regionais, os dados do ONS mostram que o maior aumento da carga em maio foi no Nordeste, com variação de 6,3% no intervalo de 12 meses, com geração de 7.059 MW médios. A Região Norte registrou expansão de 5,7% (3.541 MW médios), enquanto no Sudeste (29.907 MW médios) a variação foi de 5,4%. O Sul do País continua apresentando o menor ritmo de expansão na geração de energia, conforme os dados do ONS, com carga de 7.914 MW médios em maio.
O ritmo observado nos últimos meses, com expansão média acima de 2.300 MW médios, está acima da demanda apresentada pelas distribuidoras de energia elétrica nos leilões de energia nova realizados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal responsável pelo planejamento de longo prazo do setor. No leilão realizado em dezembro, as distribuidoras previram aumento na demanda em torno de 1.400 MW médios, já que não incluem na sua previsão a demanda estimada pelo consumidor livre.