O novo ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que vai prosseguir na discussão sobre a transferência do Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Fazenda para o Ministério da Justiça, como defendia o ex-titular, Márcio Thomaz Bastos. "Eu acho que seria positivo se isso ocorresse", afirmou. Ele disse que "há uma concordância" do ministro Guido Mantega com a transferência, mas que o presidente Lula ainda "não bateu o martelo" sobre o assunto. Para Genro, a transferência fortaleceria a estrutura do Ministério da Justiça.
O ministro afirmou ainda que vai trabalhar em coordenação com os estados na solução da crise da segurança pública, especialmente no Rio de Janeiro, onde em uma semana foram mortos 12 policiais. "No momento em que o crime ousa atacar a polícia é um sintoma muito grave". Ele disse que é favorável a uma força nacional de segurança permanente. "Sei que o presidente simpatiza com a idéia, mas isso não foi discutido".
O ministro disse que pretende expandir os quadros da Polícia Federal. "A centralidade da Polícia Federal em projeto democrático está apenas começando a ser reconhecida. É um corpo exemplar no combate ao crime. Fui indiciado pela Polícia Federal no regime militar e a conheço bem. Sei que deve ser respeitada e fortalecida", ressaltou. Ele confirmou que o diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda, permanecerá no cargo por mais 3 meses, a seu pedido, até que possa escolher um substituto.