O presidente nacional do PT, José Genoino, descartou hoje, em São Paulo, a tese de “um terceiro turno” das eleições, que viria com a antecipação do debate sobre a sucessão presidencial de 2006.
“O PT não está colocando 2006 na pauta”, afirmou. De acordo com Genoino, quem antecipou essa discussão foi o PSDB. Ele alegou que o primeiro a tratar do assunto foi o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que lançou a candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Sobre a crítica do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), de que seria “um desserviço” ao País antecipar esse debate, Genoino respondeu: “Como tem briga interna no PSDB, entendi a crítica do Aécio como um recado ao PSDB, não ao governo ou ao PT.”
O presidente nacional do PT minimizou o fato de o chefe da Casa Civil, José Dirceu, ter defendido, recentemente, a reeleição de Lula. “Isso foi apenas um comentário”, alegou Genoino.
Após o segundo turno das eleições, domingo, o presidente nacional petista acredita que “a temperatura” da disputa entre governo e oposição cairá, permitindo a retomada da votação das reformas no Congresso.
“A base aliada está muito forte”, disse, discordando de que o processo eleitoral possa deixar “fissuras”. No máximo, admite “um dia, uma semana”, de alguma turbulência.
Se dependesse de Genoino, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Reeleição das Presidências da Câmara e do Senado não seria uma prioridade de votação do Legislativo na retomada dos trabalhos. Após a votação das medidas provisórias (MPs) que trancam a pauta da Câmara dos Deputados, o presidente do PT defende a votação da Lei de Falências, do Projeto das Parcerias Público-Privadas (PPP) e da reforma do Poder Judiciário.
Sobre a ameaça de que a PEC emperre essas votações, Genoino disse: “O Congresso não vai ter tempo hábil para apreciá-la.”
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna