General Motors lucra após sete anos no vermelho

Depois de sete anos de prejuízos, a General Motors do Brasil promete fechar o ano de 2006 no azul. "Será um resultado positivo, mas não exuberante", disse José Carlos Pinheiro Neto, vice-presidente da montadora, durante o lançamento do Prisma, o novo sedã popular da Chevrolet, derivado do Celta.

O presidente da GM no País, Ray Young, classifica 2006 como o ano da virada. O tamanho do lucro não será informado, mas a GM afirma que terá resultado positivo com a conjunção de dois fatores: forte redução de custos da operação brasileira e bom desempenho do mercado interno.

De janeiro a setembro, a montadora cresceu 14%, acima do desempenho do mercado automobilístico brasileiro, que registra alta de 11% no período. A participação de mercado também deverá subir para 22%, marca que a empresa pretende "pelo menos" manter no próximo ano, quando o mercado brasileiro poderá, ainda segundo prognósticos da montadora, chegar a 1,9 milhão de unidades vendidas.

A situação só não é melhor para a GM por conta das exportações. Pinheiro Neto preferiu não especular sobre novas reduções de vendas externas, mas não descarta a possibilidade. Neste ano, a montadora estima que cortará entre 25% e 30% dos volumes vendidos no exterior em relação a 2005 – quando as vendas externas alcançaram 208 mil unidades.

Mesmo assim, explica Pinheiro Neto, a receita com exportações deverá se manter a mesma do ano passado, US$ 1,6 bilhão. "Isso foi obtido com o aumento do preço", disse. Mas essa elevação de preços acaba reduzindo ou tirando totalmente a competitividade da subsidiária brasileira na disputa por mercados externos.

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