General diz que problema mais grave da Amazônia é a ausência do Estado

São Paulo ? O problema mais sério da Amazônia atualmente é a dificuldade de atuação do Estado na região, segundo o general-de-brigada Eduardo Dias da Costa Villas Boas. Ele participou hoje (28) da cerimônia que marcou os 358 anos do Exército Brasileiro, comemorados no dia 19 deste mês. O evento foi na sede da Federação das Indústrias dos Estado de São Paulo (Fiesp) e contou com a presença do ministro da Defesa, Waldir Pires.

"A defesa da Amazônia depende mais de desenvolvimento de políticas públicas do que da presença de um soldado com um fuzil. É em razão desse vazio de poder que o Exército desenvolve sua estratégia de presença", disse. Atualmente, os soldados brasileiros estão presentes em 54 localidades da Amazônia. Até 2007, serão 25 mil homens do Exército presentes na região.

Segundo Villas Boas, o desmatamento é outra preocupação. Para ele, embora não se trate de "holocausto ambiental", a questão "inspira alguns cuidados". Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados no fim de 2005 revelam que a devastação da Floresta Amazônica foi de quase 19 mil quilômetros quadrados entre agosto de 2004 e julho do ano passado. Ele citou também o problema do contrabando de madeira.

Para o general, a Amazônia tem dois papéis fundamentais a cumprir: promover a elevação do poder econômico brasileiro e a integração sul-americana. O combate ao narcotráfico e à guerrilha, como no caso das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs) também foram apontadas como umas das ações prioritárias do Exército.

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