Brasília – As características do ferimento e a ausência de marcas que indicassem tentativa de defesa levaram a Polícia Civil do Distrito Federal a concluir que foi suicídio a causa da morte do comandante da Força de Paz no Haiti, general Urano Teixeira Bacellar. Após ser submetido, hoje, a exames complementares no Instituto Médico Legal (IML) de Brasília, o corpo do militar foi transportado em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para ser sepultado no Rio.

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O laudo definitivo da necrópsia só será divulgado em uma semana, mas o diretor-geral da Polícia Civil de Brasília, delegado Laerte Bessa, informou que a avaliação preliminar do ferimento não deixa dúvida de que o militar se matou. "Pela característica do tiro e por não ter encontrado nenhuma lesão de defesa no corpo do general, o IML concluiu que houve suicídio", garantiu. Segundo o delegado, exames laboratoriais indicarão se o militar ingeriu álcool ou alguma substância química antes do disparo.

Comandante da Missão de Paz das Nações Unidas no Haiti desde setembro de 2005, o general foi encontrado morto sábado passado, no hotel onde morava, em Porto Príncipe, capital do Haiti. O militar recebeu homenagens fúnebres na Base Aérea de Brasília antes de ser levado para o Rio. Depois da salva de tiros de fuzil e toque de silêncio, o corpo do general foi colocado no avião da FAB por soldados do Batalhão da Guarda Presidencial.

O comandante do Exército, general Francisco Albuquerque, presente ao ato, disse que a morte de Bacellar causa um grande vazio. "Foi uma morte precoce, irreparável e difícil de ser aceita", observou. Albuquerque ainda não está convencido da tese do suicídio e aguardará o resultado do laudo definitivo do IML para se manifestar.

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