Geddel afirma que não existe política de ministro, mas de governo

Brasília – O novo ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), afirmou nesta sexta-feira (16), na transmissão do cargo, que não existem políticas de ministro, mas sim de governo, e que sua missão à frente da pasta é ?ser fiel a elas?.

Geddel Vieira garantiu que o ministério continuará dando prioridade à Região Nordeste. ?Não é por um regionalismo estéril que o ministério continuará focando o desenvolvimento da região, sem perder de vista as demandas de outras regiões. Vivemos num só país. O que se faz pelo Nordeste beneficia aqueles que vivem em todas as regiões?, afirmou.

Para explicar essa orientação, Geddel Vieira citou as diferenças regionais. ?O Nordeste é prioridade porque, apesar de tudo o que vem sendo feito, ainda reúne 28% da população e consegue produzir apenas 14% da riqueza nacional. É prioridade porque registra, mesmo com o Bolsa Família, a menor renda per capita do país: as famílias nordestinas têm rendimento 45% inferior à média nacional?.

O novo ministro dedicou amplo espaço em seu discurso para defender o projeto de transposição das águas do Rio São Francisco, planejado, segundo ele, ?para levar água prioritariamente para a gente do semi-árido beber, com o aproveitamento para outros usos, quando houver excedente no rio?.

De acordo com Geddel Vieira, o debate suscitado pelo projeto, que é defendido pelo governo federal, transformou a transposição ?numa das obras mais estudadas da República, apesar de ainda pouco conhecida pelos brasileiros, em particular os do Nordeste?. Para ele, o projeto de revitalização do rio é um efeito positivo desse debate.

Geddel Vieira disse que o grande desafio do governo para superar as críticas dos setores contrários à transposição do Rio São Francisco é demonstrar à população, de forma clara, que o projeto não trará prejuízos de qualquer espécie. ?Nosso grande desafio é esclarecer ao país e a todos os estados que integram a bacia que o projeto não trará prejuízos a ninguém?.

O ministro disse que algumas pessoas defendem a revitalização sem ter suficiente conhecimento sobre o assunto. ?Tem gente que quando ouve falar em transposição do Rio São Francisco imagina que é literalmente transpor o rio. Tem pessoa que não sabe que a revitalização não vai acrescentar uma gota de água à vazão do rio, ignorando que o volume de água autorizado para ser retirado é menor do que os já outorgados para projetos de irrigação na região?.

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