O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia, não quis comentar valores em reais, mas disse que o repasse mínimo para o consumidor final será de pelo menos 5,2 % para a gasolina e de 8% para o diesel.
De acordo com a Petrobras, o aumento anunciado de 7% para a gasolina e 10% para o diesel representaria um aumento médio nos postos de 3,3% para gasolina e 6,5% para o diesel. Paiva Gouveia, porém, disse que o reajuste das distribuidoras para os postos de combustíveis é maior.
"As distribuidoras estão aumentando mais que o valor estimado. Isso vai criar um novo problema com os donos de postos, que estão recebendo um aumento no custo da gasolina de 7% a 7,28% e não têm como evitar o repasse para o consumidor", explicou.
De acordo com o presidente do Sincopetro, toda alta de preço para o consumidor final "resulta em uma queda nas vendas nos primeiros dez dias, em torno de 5 % a 6 %". Ele defendeu mais transparência na cadeia, no que se refere à formação de preços, desde a refinaria, passando pela distribuidora, até chegar aos postos. "A única fonte que é visível ao consumidor final é o posto de gasolina. E aí sobra todo o problema para o dono de posto", concluiu.
