Gás veicular atrai negócios com a Argentina

Conhecer a infra-estrutura do gás natural no Paraná, seu mercado e estabelecer o intercâmbio de produtos. Com esta intenção, a missão de empresários argentinos envolvidos em negócios em Curitiba desde o começo da semana esteve nesta quarta-feira (13) na Companhia Paranaense de Gás (Compagas), dando início às visitas a empresas do Estado.

Atualmente, a Argentina é o país mais desenvolvido na área de Gás Natural Veicular (GNV) do mundo, com 25%, ou cerca de 1,5 milhão de sua frota de veículos já convertidos ao gás.

Para o diretor-presidente da Compagas, Rubico Camargo, estabelecer negócios com o país vizinho trará aumento de consumo do gás natural aos paranaenses. ?O intercâmbio também traz novas opções de uso?, acrescenta. A Compagas é uma empresa controlada pela Copel.

Uso

Opções alternativas de uso do gás natural prometem atrair novos negócios para a Argentina e o Paraná, garantem os empresários argentinos. Um exemplo vem de Luciano Iezzi, diretor da empresa Ecopos, fabricante de um kit de GNV para uso em motos. ?O mercado de motoboys em Curitiba é altamente atrativo?, garante.

Segundo o empresário, enquanto um motoboy gasta R$ 14,00 em 200 quilômetros rodados, usando GNV seu custo cairia para R$ 4,20. ?Vamos começar exportando os kits para o Estado e planejamos implantar uma fábrica no Paraná?, afirma.

A infra-estrutura da rede de distribuição de gás em Curitiba e no Paraná também é outro fator para atrair investimentos. O Estado possui cerca de 500 quilômetros em extensão de rede atendendo a sete cidades no Estado, como Curitiba, Araucária, São José dos Pinhais, Campo Largo, Balsa Nova, Palmeira e Ponta Grossa.

Hoje, a Compagas vende 600 mil metros cúbicos de gás, com uso em diversos segmentos como industrial, comercial (incluindo hotéis e restaurantes), residencial (edifícios), na geração de energia e no gás natural veicular. Em Curitiba, existem 17 postos que fornecem GNV, com expansão prevista para Campo Largo e Ponta Grossa até o início de 2006.

Frutos

Para o coordenador de Assuntos Internacionais e do Mercosul, Santiago Gallo, a Compagas terá um papel condutor para estreitar as relações comercias entre o Estado e todo o Mercosul. ?A empresa foi escolhida para ser o elo de integração da cadeia produtiva do setor de gás entre os paranaenses e todos os países do bloco?, afirma.

Segundo o cônsul da Argentina, Ramiro Luis Vila, este é também um momento importante ao seu país. ?Tenho orgulho em compartilhar com o Paraná a experiência de mais de 50 anos da Argentina no setor de gás natural. Todos vão sair ganhando?, completa.

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