O preço do gás natural boliviano exportado para o mercado brasileiro vai ter um reajuste de 11,34% em julho. O valor será elevado dos atuais US$ 3,53 para US$ 3,93 por milhão de BTU (unidade térmica britânica para medir o potencial calorífico do insumo). O aumento chegará a 40 cents de dólar por unidade de consumo
Desde setembro do ano passado, quando a Petrobras abandonou a política de segurar reajustes internos recebidos na importação do gás natural boliviano, os aumentos já somam 26,78%. O reajuste, entretanto, ainda não está relacionado à negociação entre a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) e a Petrobras Bolívia, a subsidiária encarregada de representar a estatal brasileira. Isso significa que não estão descartadas outras elevações no preço. O novo aumento, confirmado ontem pela YPFB, foi definido a partir da evolução de uma cesta de três óleos combustíveis com vários teores de enxofre.
Em reunião iniciada quarta-feira em La Paz , e que seguiu ontem em Santa Cruz, a YPFB e a Petrobras continuavam sem avançar nas negociações. Havia a expectativa de que, nesse encontro, técnicos dos dois países iniciassem as negociações acerca da revisão da fórmula de reajuste do preço do combustível.
O ministro dos Hidrocarbonetos da Bolívia, Andrés Soliz Rada, criticou no início desta semana a lentidão das negociações com a Petrobras. O presidente Evo Morales também se pronunciou sobre o assunto e chegou a dizer que aguardava um acordo sobre preços "ainda nesta semana". Por enquanto, apenas assuntos relacionados às operações dos blocos de exploração de gás e petróleo de San Alberto e San Antonio chegaram à mesa nas duas reuniões anteriores.
