O falecido ex-jogador Garrincha, um dos maiores nomes do futebol brasileiro e mundial, finalmente terá um museu para preservar sua memória, no Rio de Janeiro. O projeto para construir o Memorial ´A alegria do povo´, lembrando como ele era conhecido popularmente entre os brasileiros, foi anunciado quarta-feira à noite por seus familiares.
O museu ficará na Praça XV, no centro do Rio, e contará com uma estátua do atacante das pernas tortas, além de uma área para expor objetos que pertenceram ao ponta direita que ajudou o Brasil a conquistar as Copas do Mundo de 1958, na Suécia, e 62, no Chile. Pelo Botafogo, o clube que defendeu por quase toda a carreira (no período de 1953 a 1965), ele foi campeão carioca em 1957, 1961 e 1962.
A iniciativa do projeto foi dos familiares de Garrincha, principalmente de sua filha Rosângela dos Santos e de alguns admiradores do jogador, entre eles o polêmico vereador Agnaldo Timóteo, que acusou Pelé de se negar a ajudar.
"Este projeto tinha de ter sido lançado há muito tempo. Eu contatei Pelé diretamente no Ministério [quando o ex-jogador era Ministro dos Esportes] porque queria que Garrincha fosse homenageado de alguma forma, mas ele se negou a apoiar o projeto.
"Meu pai foi uma pessoa que deu muitas alegrias e glórias ao Brasil. Mas estava fazendo falta uma homenagem para impedir que sua imagem fosse esquecida", disse Rosângela.
A construção de um museu em homenagem a Garrincha pode salvar a imagem de um ex-jogador cujo túmulo está esquecido e destruído em Pau Grande, um pequeno e desconhecido município no interior do estado do Rio de Janeiro.
Manuel Francisco dos Santos, cuja glória foi prejudicada pelo alcoolismo e uma vida cheia de escândalos, morreu na miséria, vítima de uma cirrose, em 20 de janeiro de 1983.