Embora a ala governista do PMDB não tenha conseguido adiar as prévias para junho, como gostaria, a simples remarcação da data das prévias para 14 dias depois do previsto gerou reclamações de Anthony Garotinho. Um dos correligionários do pré-candidato à presidência da República conta que Garotinho telefonou para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para se queixar da mudança da data e disse que se sentia traído.
Em tese, a mudança da data favorece Rigotto, que ganha mais 15 dias para trabalhar os votos das bases, já que Garotinho está em campanha há mais de 3 meses. Segundo um líder da ala governista, no entanto, o objetivo da adesão à candidatura própria não foi fortalecer Rigotto, mas ganhar tempo até que as regras da eleição sejam definidas. Ainda há dúvidas quando a aprovação da proposta de emenda constitucional que acaba com a verticalização (limite de alianças nos Estados, que devem seguir o modelo da coligação formada para eleger o presidente da República). Ainda que a Câmara aprove a PEC nesta quarta-feira há controvérsias jurídicas em torno da proposta, uma vez que a lei eleitoral determina que as regras do pleito sejam definidas pelo menos um ano antes da eleição.