O presidente do PMDB fluminense, Anthony Garotinho, acusou nesta terça-feira (13) o grupo ligado ao governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) de "perseguição" por tentar impedi-lo de integrar a nova Executiva Nacional do partido, eleita na convenção do domingo passado. Em aberta divergência com Cabral Filho, que, afirmou, agiu com "vaidade" no episódio, o peemedebista lembrou que teve apoio de outras direções contra o que chamou de "manobra política" dos adversários.

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O ex-governador entrou na Executiva em vaga da seção da legenda no Rio Grande do Norte, a partir de articulação do líder na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). O lugar do Rio ficou com o deputado Nelson Bornier. "Não havia motivo nenhum para o presidente do PMDB do Rio de Janeiro não integrar a Executiva, a não ser a vaidade do governador", afirmou.

Garotinho também justificou o discurso que fez na convenção, de apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem até então fazia oposição, mas agora tem o apoio do PMDB. "O partido tomou uma decisão que foi majoritária", declarou.

"Mas, como o PMDB não tem compromisso com o errado, quando tiver que discordar, vai discordar." Como exemplo, Garotinho lembrou a questão do uso do FGTS para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que foi criticada por supostamente não dar todas as garantias aos trabalhadores contra eventuais perdas.

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