Brasília – Um garimpo de ouro localizado no sul do Amazonas já atraiu cerca de 4 mil pessoas para uma região de difícil acesso. São trabalhadores que atuam não apenas na extração de ouro, mas também nas atividades indiretas. O Garimpo do Juma, como vem sendo chamado, numa referência ao rio de mesmo nome, se espalha por uma área de menos de um quilômetro próxima aos municípios de Novo Aripuanã e de Apuí, a 453 quilômetros de Manaus.

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Segundo o diretor de Fiscalização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Walter Arcoverde, o local ainda não está legalizado, mas a perspectiva é de que a área seja regularizada em breve. Para tanto, uma comissão criada pelo governo federal e coordenada pela Casa Civil e pelo Ministério de Minas e Energia determinou que os garimpeiros se organizem em uma cooperativa.

Para impedir a exploração predatória e os prejuízos ao meio ambiente, a comissão também determinou que somente será permitida a extração manual, proibindo o acesso a máquinas. Segundo Arcoverde, estão previstas as instalações de postos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e de órgãos municipais de saúde que irão monitorar as condições dos garimpeiros e da população local.  

No último dia 11, por meio de uma portaria do DNPM, a União bloqueou a concessão de novas autorizações de estudos de viabilidade e de direito de exploração numa área de 390 mil hectares, onde o departamento realiza estudos socioambientais e geológicos a fim de checar a viabilidade de criar uma reserva extrativista mineral.

A portaria não impedirá a exploração das cinco grotas já abertas, mas visa a desestimular a ida de novos garimpeiros. Arcoverde destaca que, diferentemente de outras reservas, a intenção é criar um modelo sustentável.

A região onde foi encontrado o Garimpo do Juma já desperta interesse há muito tempo. Localiza-se próximo ao Rio Tapajós, área onde existem diversos pontos de extração de ouro. No início do mês passado, garimpeiros procedentes de outro local descobriram a nova grota que vem sendo explorada. A notícia correu e logo o ponto passou a ser conhecido como o ?novo Eldorado da Amazônia?.

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