O presidente nacional interino do PT, Marco Aurélio Garcia, ficou irritado com jornalistas por lhe perguntarem, repetidamente, se o PT teria de ceder espaço para o PMDB no segundo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Não me obriguem a aceitar essa tese (de perda de espaço)", respondeu, rispidamente, ao ser abordado por repórteres quando saía de audiência do presidente Lula com integrantes da Executiva Nacional do PT, no Palácio do Planalto. E acrescentou: "Tenho radical desacordo com essa visão geométrica dos senhores a respeito de espaço.
"O espaço de um partido não se mede em número de ministros e cargos, mas pelo engajamento nesse governo, pela política", disse Garcia. Ele voltou a qualificar de "tese" outra pergunta de um jornalista. A pergunta: "O presidente deu um recado para o PT de que o partido terá menos espaço?" A resposta de Garcia, ainda irritado: "Isso é uma tese sua. O presidente não deu nenhum recado para o PT. Foi uma reunião positiva, na qual foi reafirmada, da parte dele e da nossa, a disposição de constituir um governo de coalizão, um governo fruto do segundo turno vitorioso, que aplastou a oposição no País." Em seguida, amenizou a frase: "Aplastou, politicamente: ela (a oposição) terá vida institucional e espero que seja bastante ativa.