O presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, disse ontem que o País precisa crescer "de 5% para cima" já em 2007 para dar uma resposta à altura aos "resultados extraordinários" do segundo turno das eleições.

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"Isso (a reeleição) nos coloca responsabilidades enormes. Não podemos dar apenas continuidade, precisamos lograr um crescimento substancial, sem o qual não daremos sustentabilidade ao regime econômico. Precisamos usar toda capacidade de investimento do Estado para termos um PIB por cima dos 5%", afirmou Garcia a governadores e deputados estaduais petistas, reunidos em Brasília.

Garcia repetiu a expectativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem cobrado crescimento de 5% em 2007. A insistência de Lula preocupa a equipe econômica, que não vê caminhos para alcançar a meta. Em 2006, na melhor hipótese, o crescimento do PIB será de 3%.

O presidente do PT disse não ter base técnica para falar em medidas concretas, mas defendeu que o governo encontre saídas para as dificuldades dos Estados, citando, em especial, as dívidas com a União.

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Ele repetiu o diagnóstico do presidente de que "o País está travado" e chamou atenção para o papel do governo. Segundo o dirigente petista, no segundo mandato o governo tem que provocar o aumento dos investimentos públicos e privados.

"A expectativa de crescimento tem que ser forjada, em grande medida, pela iniciativa do poder público. Quando há expectativa de crescimento, o País cresce. Quando há expectativa de recessão o País pára", afirmou. Para Garcia, o crescimento "esbarra em dificuldades quase conceituais da política econômica" e também é dificultado por "uma máquina estatal que não está adequada para um governo de transformações".

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O petista insistiu que o estímulo ao crescimento será com "medidas inovadoras, mas nada de aventuras", com respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal.