No mesmo dia em que o PSDB e o PFL pediram a quebra de sigilos de petistas envolvidos no escândalo do dossiê Vedoin, o novo coordenador da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marco Aurélio Garcia, esteve no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e disse que certamente serão encontradas ligações telefônicas entre Lula e pelo menos um dos suspeitos. Até o surgimento do dossiê Vedoin, Ricardo Berzoini, presidente do PT, era o coordenador da campanha de Lula. Ele foi afastado porque todos os seus assessores envolveram-se no caso.
"Não precisa nem abrir o sigilo telefônico do presidente do PT e do presidente Lula. Sendo o presidente Lula do PT, haverá (ligações)", afirmou. "É absolutamente sem conseqüência prática" disse. Segundo Garcia, o governo também tem interesse em apurar as responsabilidades. "Nós estamos interessados que esse tema se esclareça o mais rápido possível", afirmou.
Garcia afirmou que os presidentes do PSDB e do PFL não têm autoridade política e moral para lançar sombras sobre a eleição. "Não vemos autoridade nem política nem moral do presidente do PFL e do PSDB para vir lançar sobre as eleições qualquer tipo de sombra. As eleições se darão de forma livre, os partidos estão podendo se exprimir de maneira clara e ampla. Isso faz parte de uma regra de perdedores. Querem melar a eleição", afirmou Garcia.
Garcia esteve no TSE para conversar com o presidente da Corte, Marco Aurélio Garcia. Na última semana, houve um desentendimento entre os dois por causa do episódio do dossiê Vedoin. O presidente do TSE havia dito que o conjunto de suspeitas surgidas nos últimos tempos era pior do que o Watergate. "Conversamos sobre o bom rumo que a campanha eleitoral está tendo. Transmitimos ao ministro o apreço e respeito do PT e do presidente Lula pelo TSE", afirmou.
