Gianluigi Guercia/AFP
“É difícil explicar essa falta de gol, já que tivemos muitas chances. Gostaria que marcassem mais gols”, lamentou o treinador sérvio de Gana, Milovan Rajevac, que fez questão de frisar: esta partida “é realmente muito importante para nós e para toda a África”.
Até agora, Gana marcou apenas em cobranças de pênaltis, as duas vezes por meio de seu atacante Asamoah Gyan, na vitória de 1-0 sobre a Sérvia e no empate de 1-1 com a Austrália. Em seu último encontro do grupo D, perdeu de 1-0 para a Alemanha, mas conseguiu ficar em segundo da chave, passando para as oitavas.
A equipe que sente a ausência de sua maior estrela Michael Essien, fora por lesão desde o começo da competição, espera se tornar a terceira africana a chegar às quartas de final, depois de Camarões em 1990 e Senegal em 2002.
Para isso, deverá concretizar suas oportunidades e não dar chances para os práticos americanos, que se classificaram como líderes de seu grupo com uma vitória no último minuto de sua partida contra a Argélia, graças a um gol de Landon Donovan (1-0) que deixou a Inglaterra em segundo lugar.
Sua campanha começou com um empate em 1-1 contra os ingleses e com outro resultado igual após uma grande reação contra a Eslovênia (2-2).
A disciplina da equipe de Bob Bradley é sua principal arma, assim como os contra-ataques e a pressão que exercem em todos os setores do campo.
Seus bons resultados desencadearam uma febre do ‘soccer’ na terra do Tio Sam, com uma ligação telefônica do presidente Barack Obama para felicitar “os heróis” da seleção, que lutam para aumentar a popularidade do esporte no país do beisebol, do basquete e do futebol americano.
“Estamos escrevendo a história deste esporte nos Estados Unidos”, lembrou Bob Bradley. “Isso vai levar tempo, 30, 40 ou 50 anos”, considerou seu auxiliar francês Pierre Barrieu, que acredita que “os Estados Unidos estão no caminho certo”.
Em caso de vitória, os Estados Unidos igualarão a marca das quartas que atingiram em Coreia do Sul/Japão-2002, que teve como estrela americana Landon Donovan, hoje capitão, líder e salvador da pátria americana.