Furto de semáforos e vandalismo deixam prejuízo de R$ 210 mil

O furto e o vandalismo contra equipamentos de trânsito já deram um prejuízo de R$ 210 mil aos cofres públicos desde o começo do ano passado. Esse é o saldo negativo de 150 semáforos furtados, quatro lombadas eletrônicas incendiadas e dez radares transformados em alvo para tiros e até bombas caseiras.

Os episódios de vandalismo são mais freqüentes nos finais de semana e feriados. No feriadão de 12 de outubro, por exemplo, foram furtados oito semáforos. Os vândalos também colocaram fogo na lombada eletrônica da rua João Dembinski, na CIC, e tentaram explodir o radar da rua Saint Hilaire, no Água Verde.

Nem no Dia de Finados os vândalos descansaram. Foram furtadas peças do semáforo na esquina da avenida Marechal Floriano com Maestro Carlos Frank, e o sinaleiro de pedestres da Travessa da Lapa na esquina com rua Pedro Ivo. No último feriado (Proclamação da República) foram furtados dois porta-focos do semáforo para pedestres no cruzamento da rua David Tows com a Rua dos Pioneiros. Nas ruas Guabirotuba com Iapó e na Avenida Marechal Floriano Peixoto com a Kennedy foram arrancadas as portas de alumínio da caixa de controle de semáforo.

A Diretran já registrou mais de 60 boletins de ocorrência junto à Delegacia de Furtos e Roubos, mas a polícia não teve sucesso nas investigações e os casos não foram resolvidos. "Precisamos de ajuda da comunidade. Pedimos aos moradores que denunciem e ajudem a identificar os criminosos", afirma o diretor de Trânsito Carlos Alexandre Bettes. As denúncias podem ser feitas diretamente à polícia pelo telefone 190.

Segundo ele, a falta de equipamentos traz um grande risco de acidentes de Trânsito. "Eles estavam instalados em pontos considerados de risco de acidentes pelos nossos técnicos e pela comunidade de cada local. Quem furta um semáforo não se preocupa com as vidas dos motoristas e pedestres", diz Bettes.

Repor os semáforos, radares e lombadas é um processo caro e demorado. "Na administração pública todas as aquisições passam por um processo burocrático exigido por lei, que depende da liberação de recursos e pode demorar até três meses. Nesse período, a população sofre com a falta de segurança de trânsito nesses locais", explica Bettes. Ele também lembra que quem paga a conta é o contribuinte. "O dinheiro público sai do bolso de todos nós", afirma o diretor.

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