A direção da estatal Furnas Centrais Elétricas encaminhou hoje à Eletrobrás e ao Ministério de Minas e Energia os cinco volumes do relatório da Comissão de Sindicância Interna alusivo a suposta corrupção na empresa. O relatório foi encaminhado também nesta segunda-feira a autoridades dos poderes Judiciário, Legislativo e à Comissão de Ética Pública do governo federal, de acordo com informação dada pelo coordenador de Imprensa de Furnas, Eduardo Franklin Martins.
O jornalista salientou que "a companhia não vai se pronunciar enquanto as autoridades não analisarem o relatório". Ele diz acreditar que, no decorrer desta semana, a direção de Furnas poderá comentar as ações empreendidas pela comissão, que concluiu pela "impraticabilidade de transferência de recursos da tesouraria da companhia para qualquer beneficiário interno ou externo, assim como a impossibilidade de superfaturamento".
As denúncias sobre a existência de um suposto esquema de favorecimento de Furnas a partidos políticos, totalizando mensalidade em torno de R$ 3 milhões, foram feitas pelo ex-presidente do PTB, deputado federal Roberto Jefferson (RJ), em entrevista publicada na imprensa, no mês passado.
A Comissão de Sindicância Interna de Furnas foi formada pelos funcionários Luís Fernando Magalhães Couto, advogado e auditor jurídico, com 28 anos de serviço; Everton Martins Zveiter, engenheiro e Secretário-Geral da Presidência, com 13 anos de casa; e Dário Santos Moura, economista e auditor geral, com 28 anos de contratado.