O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse esta noite, em entrevista coletiva à imprensa, que o Conselho Monetário Nacional (CMN) deverá reduzir a Taxa de Juros de Longo prazo (TJLP) entre 0,50 e 0,75 ponto porcentual na reunião agendada para esta quarta-feira.
"A TJLP deve estar alinhada com os custos de captação das empresas brasileiras e a expectativa é que no curtíssimo prazo algumas empresas lancem títulos perpétuos com o spread (diferença entre a taxa de captação e a de empréstimo) extremamente baixo", declarou Furlan, ao chegar ao Ceasar Park, em São Paulo, para participar da empresa do Prêmio Balanço Anual 2006 concedido pela Gazeta Mercantil. Atualmente, a TJLP está em 7,50%.
De acordo com o ministro, a queda da TJLP está "cristalizada" por conta do longo período de queda e manutenção em baixa do risco país, além de as projeções de inflação para este ano e o próximo estarem baixas. "O recente aumento do risco país não é um crescimento estrutural e o que vemos é a manutenção de uma taxa baixa", argumentou, em resposta à pergunta de que a alta do risco país provocada pela crise política não interferiria no CMN para ser mais comedido no corte da TJLP. "Isso não tem nada a ver", afirmou, sobre a relação entre a crise política e o risco Brasil.