O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, alertou que se as medidas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não forem aprovadas com rapidez pelo Congresso, o efeito "pode ser residual em 2007". Segundo ele, se os parlamentares conseguirem aprovar as propostas até o meio do ano, ainda poderá haver um impacto expressivo no segundo semestre. Caso contrário, os resultados só devem ser sentidos a partir do próximo ano.
"Imaginar que a simples emissão de medidas provisórias pode gerar resultado corre o risco de produzir uma frustração", alertou. Ao participar de seminário na Câmara dos Deputados sobre o PAC, Furlan pediu aos deputados que não fiquem lamentando o que não está previsto no programa. "Vamos discutir em torno das convergências, e não das divergências. O tempo é precioso e não é recuperável", argumentou.
"Com o PAC saindo razoavelmente elaborado, ele será um divisor de águas no Brasil. O sucesso gera sucesso e daqui a quatro anos poderemos ter outro PAC porque, quando dá certo, a opinião pública acalenta e empurra para a frente. Então, a minha mensagem é: Senhores parlamentares, vamos empurrar o País para frente", declarou.
O ministro ressaltou ainda que é preciso que a apresentação de emendas ao PAC não coloque em risco o programa. "Os recursos do governo não são incomensuráveis. E o PAC deverá respeitar essa limitação", afirmou.