O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, fez nesta segunda-feira, um apelo aos empresários para que não se deixem contaminar pelo "bombardeio" das notícias da crise política e mantenham a confiança na economia do País.
"Nossa preocupação no ministério é de que o bombardeamento de notícias não afete o ânimo das empresas", admitiu, ao falar para um grupo de empresários, em reunião-almoço na Fecomercio-SP.
Furlan pediu para que os empresários não vinculem as decisões racionais das empresas à emocionalismo que permeia a turbulência política. "No final, essa turbulência vai passar e as empresas vão continuar. E os fornecedores e clientes também vão continuar ", ponderou, lembrando que as empresas que recuarem agora podem vir a perder espaço para seus concorrentes no futuro.
"De uma forma ou de outra, o Brasil encontrará o caminho para esta transição", afirmou. Para ele, entre a situação presente e a futura, é preciso ter tranqüilidade e calma.
O ministro explicou que não estava culpando a imprensa pela divulgação de notícias, afirmando ser natural, já que esta é a demanda da sociedade.
Ao discursar para os empresários, ele destacou os bons indicadores econômicos, afirmando que a situação geral é muito sólida. Apesar da crise, Furlan salientou que o fluxo de investimentos estrangeiros continua firme, tendo superado a expectativa do governo no primeiro semestre. Para o ano, a projeção do Ministério é de um fluxo entre US$ 16 bilhões a US$ 20 bilhões.
O ministro citou ainda os indicadores da Balança Comercial e da geração de empregos formais para demonstrar o bom desempenho econômico. Ao falar especificamente para os empresários presentes, ele disse acreditar que, em geral, todos os setores econômicos têm tido um desempenho razoável, mas sugeriu a Fecomercio-SP que apresente números dos setores que estejam encontrando dificuldades.
